quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

As particularidades do colonialismo português: caso de Moçambique

 As particularidades do colonialismo português: caso de Moçambique 

Sabe porque Portugal não conseguiu sozinho administrar o nosso país? Acompanhe!

Portugal não tinha o mesmo nível de desenvolvimento económico em relação as outras potências. 

Então, como é que conseguiu administrar todas as colónias por si ocupadas? Você está interessado em saber como isto aconteceu! Muito bem, preste atenção! 

Portugal não acompanhou o crescimento económico tal como outras potências europeias. Nos finais do século XIX e princípios do século XX, Portugal aproveitou as ambições e rivalidades das principais potências imperialistas para se aliar e fazer acordos através dos quais recebia grandes apoios. 

Portugal, país de fraco poder económico, não conseguiu ocupar e administrar Moçambique sozinho. Por isso, acabou por conceder poderes a algumas companhias majestáticas/monopolistas de outras super potências. 

Em Moçambique existiram dois tipos de companhias a saber: 

Companhias majestáticas que gozavam de muitos poderes nos territórios arrendados, pois cobravam impostos, recrutavam a mão-de-obra, faziam a manutenção da defesa e segurança no território e desenvolviam actividades económicas. São exemplos a companhia de Moçambique e a companhia de Niassa.

Companhia arrendatária - tinha poderes reduzidos nos territórios arrendados, apenas exerciam actividades económicas. Estas aceleravam a ocupação efectiva e por outro lado, Portugal esperava ver seu território desenvolvido no final do contrato. Exemplo: a companhia do Zambeze. 

Em Moçambique, a penetração colonial, na sua maior parte, foi feita através do uso das companhias, as quais ocupavam 2/3 do território Moçambicano. Portugal país de fraco poder económico não conseguia sozinho administrar um território tão vasto como Moçambique. 

Assim, entre 1891/2 deu aos capitalistas belgas, ingleses, franceses, alemães e belgas alguma parte de Moçambique que compreende as regiões entre os rios Zambeze e Save – companhia Majestática de Moçambique (Manica e Sofala), companhia Majestática do Niassa (Niassa e Cabo Delgado) e a companhia de Zambézia (Tete e Zambézia). Nampula, Gaza, Inhambane e Maputo, foram territórios directamente administrados por Portugal, isto é, montou a administração directa. 

E mais na região Sul de Moçambique, o particularismo português consistiu no capital agrícola e mineiro sul-africano sustentando a sua economia através da venda da força de trabalho para a África do Sul, da qual obtinha ganhos, não só no processo de venda, como também, através da cobrança de impostos.

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